Há vários anos, as dores na coluna têm gerado preocupação tanto entre a população em geral como entre os especialistas e pesquisadores da área da saúde. Diversos fatores contribuem para esse quadro, incluindo má postura e condições patológicas, como a hérnia de disco.
De acordo com um estudo recente de 2021 do Global Burden of Disease (GBD), publicado na revista The Lancet Rheumatology, cerca de 619 milhões de pessoas enfrentaram esse problema em 2020, equivalente a aproximadamente 10% da população mundial. A projeção é que esse número alcance 843 milhões até 2050, representando um aumento significativo de 36%.
Esses dados alarmantes podem subestimar a realidade, já que os impactos da pandemia de Covid-19 não foram totalmente considerados no estudo. As mudanças comportamentais resultantes da pandemia, como isolamento social, diminuição da atividade física e más condições de trabalho, podem ter agravado o problema das dores na coluna.
Embora a vida esteja gradualmente voltando ao normal, a pandemia trouxe consigo novos hábitos, muitos dos quais têm consequências negativas para a saúde da coluna, como o trabalho remoto sem ergonomia adequada.
Diante da previsão de aumento de 36% nos casos de dores na coluna, dois pontos de alerta emergem: o surgimento precoce do problema e o impacto sobre a população em idade produtiva, de 30 a 50 anos. Essa preocupação é reforçada pelo fato de que a dor nas costas é a segunda maior razão para afastamento do trabalho, de acordo com o INSS.
Esses dados ressaltam a possibilidade de uma epidemia de dores na coluna. Embora muitas pessoas se recuperem rapidamente, a recorrência das dores é comum e, em certos casos, podem se tornar persistentes, afetando a qualidade de vida e as atividades diárias.
Surpreendentemente, apenas 5% das pessoas com dores nas costas procuram ajuda médica especializada, frequentemente subestimando a gravidade do problema. No entanto, é essencial compreender que a dor é um sinal de que algo não está certo e, no caso da dor na coluna, pode indicar outras condições subjacentes, como hérnia de disco.
Independentemente da intensidade da dor, buscar assistência médica é crucial. Felizmente, há tratamentos disponíveis para dores na coluna, muitas vezes sem necessidade de cirurgia. É importante reconhecer que a dor na coluna tem tratamento, e métodos conservadores podem ser altamente eficazes.
Compreender a importância de buscar ajuda é fundamental, e é vital que as informações corretas sejam disseminadas para reduzir a subestimação das dores na coluna e promover uma abordagem proativa para a saúde da coluna em todas as fases da vida, desde a adolescência até a terceira idade.
fonte: www.uol.com.br